dissabte, de juliol 07, 2007

ph Barrox
pombas de Ribeirão Preto ameaçadas, pombas!

Padre diz que vai usar macacos para combater pombas no interior de SP

Cansado da infestação de pombas na Praça das Bandeiras, em frente à Catedral Metropolitana de São Sebastião, em Ribeirão Preto (a 314 km da cidade de São Paulo, Brasil), o padre Francisco Jaber Zanardo Moussa afirmou durante missa num domingo recente que pretende soltar no local animais que são predadores naturais das aves. Entre os bichos que podem ser usados no combate às pombas, segundo o padre, estão macacos, gaviões e falcões. O anúncio parece ser mais um protesto do padre contra a demora das autoridades para encontrar uma solução para o problema, que segundo o santo homem se arrasta há anos. Dias depois ele também ameaçou usar repelentes, mas novamente acabou sendo advertido pelo Ibama que sentenciou que sem autorização, ele (o padre)seria multado se aplicasse o repelente. Na ocasião, o padre reclamou: "Faz mais de um ano que esperamos pela autorização. Nesse tempo, seguimos todas as orientações do Ibama, houve contagem de pombos, bateram fotos, tudo o que o Ibama pediu, nós fizemos. E nada da autorização chegar." Ao saber da nova promessa do padre, Eliana Velocci, chefe regional do Ibama, voltou a advetir padre Francisco: "Ele resolveu que iria soltar animais na praça e isso ele não pode fazer também. Vai incorrer em crimes ambiental se pegar os animais na natureza e, mesmo que compre de um criador autorizado, não pode soltá-los na praça", afirma. "Ele pode minimizar o problema, mas e os macacos? Eles iriam se reproduzir ali e poderiam virar um novo problema. Fora que um macaco pode até agredir as pessoas", completa a representante do Ibama.

Pombos pintados

O problema das pombas na cidade é antigo. Em 2003, a estimativa do Ibama é de que cerca de 30 mil pombas viviam na Praça das Bandeiras. Após podas nas árvores e outras medidas preventivas, o número caiu e, hoje, o órgão estima que sobram 20 mil pombas. As pombas são consideradas um problema nas cidades por poderem transmitir doenças que vão desde micoses até infecções diversas. O número de aves em Ribeirão Preto é resultado de um desequilíbrio ecológico na região - a derrubada de matas fez com que o número de predadores diminuísse. "No entorno da cidade, não temos mais grandes matas. O ideal seria que todas as propriedades tivessem áreas de proteção permanente. Além disso, como o clima é quente, as pombas se reproduzem mais do que o normal. Em Ribeirão Preto, elas se reproduzem seis vezes por ano", diz a responsável pelo Ibama. "Elas tem o abrigo perfeito. Como há prédios em volta da praça, não tem vento". Até pintar os pombos o Ibama local já tentou, para monitorar sua movimentação. Pintas as aves, no entanto, não deu certo. Segundo um morador local, o máximo que se deve ter conseguido é que parte delas migraram temporariamente a fim de participar da parada gay que ocorre anualmente na capital paulista.

Repelente sabor uva

A aplicação de um repelente na praça para afastar os pombos também é polêmica. O produto - comercializado por uma empresa gaúcha - simula o sabor de uma uva que causa sensação desagradável para os pássaros. Os animais, após sentirem o gosto, passam a evitar a área. O Ibama, porém, ameaça multar quem tentar a aplicação do produto, alegando que não existe autorização da Anvisa para isso. "Se aplicarem, eles podem levar uma multa de até R$ 2 milhões", ameaça Eliana. "Se o produto não estiver cadastrado como repelente, eles não podem aplicar". Segundo a representante do Ibama, as autoridades aguardam um posicionamento da Gerência Geral de Toxicologia da Anvisa para saber como proceder. Enquanto o padre reclama da demora para uma solução, a Rigran, empresa que comercializa o produto, diz que a Anvisa já avisou o Ibama que não regulamenta repelentes de pássaros ou morcegos. "Eles permitem a matança de pássaros em muitas cidades, mas não permitem que um produto repelente seja aplicado", lamenta Nelson Azambuja, diretor da empresa, que diz que seu produto é feito com uma essência artificial largamente utilizada em alimentos, cosméticos e perfumaria.

Perguntada a respeito, a pomba Jacira - que faz parte da coleção de uma conhecida poeta paulistana - disse que essas manifestações não a preocupam e que ela continua cagando e andando (e voando) normalmente.

1 Comments:

Blogger Débora Aligieri said...

Sabe que essa notícia quase foi para o jornal do apocalipse... eu dou o maior apoio ao Santo Padre, porque depender de órgãos públicos para resolver qualquer problema é uma dureza! Reclamei no centro de zoonoses sobre os pombos da Santa Cecília e eles entregaram 1 folheto para mim, a pessoa que reclamou dos pombos. Portanto, macaco neles! Tô pensando em criar um também, o único problema seria se ele quisesse comer a banana do meu marido, aí ia dar briga...
http://jornalapocalipse.blogspot.com

8:51 p. m.  

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